Saiba o que é mielomeningocele e tire suas dúvidas

Saiba o que é mielomeningocele e tire suas dúvidas
Atualizado em 14 de July de 2023

Você sabe o que é mielomeningocele? Trata-se de uma doença que atinge o feto, prejudicando a coluna vertebral, a medula espinhal e o canal da medula. Sua causa não é bem definida — o que se sabe é que, nas primeiras semanas de gestação, ocorre um defeito na formação e fechamento dessas estruturas.

Neste artigo, mostramos os principais pontos a respeito do problema e explicamos como a cirurgia fetal pode ajudar. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

O que é mielomeningocele?

Mielomeningocele (MMC), também chamada de disrafismo aberto ou espinha bífida aberta, é uma malformação fetal. Ela pode ocorrer em qualquer parte da coluna vertebral, provocando a exposição do tecido nervoso.

Segundo a Sociedade Brasileira de Neurologia Pediátrica (SBNP), esse é o defeito congênito ligado à medula espinhal mais frequente. No Brasil, estima-se que ocorra em 1,4 a cada 10 mil nascimentos.

Quais são as causas?

Agora que explicamos o que é mielomeningocele, vamos à etiologia. Apesar da causa ainda não estar bem definida, sabe-se que algumas mulheres têm maiores chances de desenvolvê-la. Isso acontece devido a:

  • determinados fatores genéticos;
  • presença de certas doenças maternas (como diabetes e obesidade);
  • carência de ácido fólico;
  • uso de medicamentos anticonvulsivos durante a gestação.

Como é o diagnóstico?

O rastreamento precoce da mielomeningocele é feito por meio da ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre, também conhecida como ultrassonografia para avaliação da transluscência nucal. Ela faz parte do pré-natal convencional e é realizada entre a 11ª e a 13ª semana e seis dias de gestação.

Vale destacar que, além de mostrar o defeito no tubo neural, o exame ainda revela características específicas do cérebro do feto com a malformação. Com isso, se necessário, o obstetra responsável pode solicitar avaliações mais detalhadas.

Quais são as consequências?

As consequências dependem do tamanho e da localização da lesão. Em geral, quanto maior e mais alta (na parte superior da coluna vertebral), maior a quantidade e a gravidade de sintomas e dificuldades funcionais decorrentes.

Assim, quando não tratada em tempo oportuno, a mielomeningocele pode provocar uma série de complicações, tais como:

  • dificuldade ou ausência de movimento nas pernas;
  • perda de sensibilidade para calor ou frio;
  • incontinências urinária e fecal;
  • malformações nas pernas e/ou nos pés;
  • fraqueza muscular;
  • hidrocefalia (acúmulo de líquido dentro do cérebro, prejudicando a capacidade de comunicação e aprendizagem);
  • malformação de Chiari tipo 2 (protusão do cerebelo, levando a disfunções respiratórias e de deglutição).

Como é realizado o tratamento?

O tratamento da mielomeningocele avançou muito nos últimos tempos, proporcionando melhoras promissoras aos acometidos pela condição. Antigamente, a cirurgia corretiva era realizada apenas após o nascimento, nas primeiras 48 horas de vida.

Hoje em dia, existe a possibilidade de realizá-la ainda na gestação, para que os danos na funcionalidade do bebê sejam minimizados. A cirurgia fetal conta com qualidade de evidência científica.

Dessa maneira, a cirurgia fetal costuma ser feita entre a 19ª e 26ª semana de gestação. Em certos casos, porém, pode ser realizada um pouco mais tarde, conforme a técnica empregada.

Vale destacar que a opção pelo tratamento intrauterino se dá após avaliações médicas minuciosas, sendo decidida em conjunto com a família do bebê. Na abordagem convencional, realiza-se uma incisão no abdômen e no útero para que o bebê seja operado dentro da barriga da mãe. O procedimento consiste, basicamente:

  • na liberação da placa neural da pele circundante;
  • no fechamento do tubo neural e das meninges;
  • e na reconstrução dos planos (camadas de músculo, tecido subcutâneo e pele).

Além da cirurgia aberta, outra possibilidade terapêutica é a realização de uma fetoscopia (técnica endoscópica). No entanto, o procedimento minimamente invasivo é indicado mais tardiamente e, de acordo com a SBNP, não apresenta resultados superiores aos da técnica convencional, necessitando ainda de um comparativo científico maior.

Quais são as vantagens da cirurgia fetal?

A cirurgia fetal permite corrigir a exposição do tecido neural antes do parto, prevenindo infecções do sistema nervoso central e complicações neurológicas. Por outro lado, há o aumento do risco de nascimento prematuro.

Portanto, se você está grávida ou deseja ter filhos, mas apresenta fatores de risco para malformações congênitas, converse com seu médico sobre os exames de rastreamento necessários. Caso esteja em busca de uma clínica especializada em Medicina Fetal ou ainda tenha dúvidas sobre o que é mielomeningocele, não hesite em nos procurar.

Precisando, já sabe: entre em contato. A equipe da Materno Fetal está aqui para te ajudar! Realizamos esses procedimentos com Dr. Fabio Peralta, um dos maiores especialista do mundo nessa área.

CRM-SC 4876 Ginecologia e Obstetrícia RQE-SC 1760 Especialista em Ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia RQE-SC 9672
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