Exames

Ultrassonografia morfológica de 1º trimestre (11 a 13 semanas + 6 dias)

A ultrassonografia morfológica de 1º trimestre ou ultrassonografia obstétrica com Translucência Nucal e Dopplerfluxometria é realizado entre 11 e 13 semanas e 6 dias, sendo um exame fundamental para o acompanhamento da gestação. É imprescindível que o bebê esteja medindo entre 45 e 84mm de comprimento da cabeça até a nádega (CCN). 

Geralmente, é realizado pela via abdominal, mas em algumas situações deve ser complementado pela via transvaginal em busca de imagens de melhor qualidade. Os principais objetivos deste exame são:

  1. Rastreamento de alterações cromossômicas, através de sinais ultrassonográficos como a medida da transluscência nucal (TN), frequência cardíaca fetal, osso nasal, Doppler do ducto venoso e da válvula tricúspide. Porém, é importante ressaltar que esta ultrassonografia não exclui nem confirma uma alteração genética. Ele é um exame de rastreamento, classificando o feto em baixo risco, risco intermediário ou alto risco para alteração genética, das quais a mais conhecida é a Síndrome de Down. Se o exame indicar alto risco para síndromes genéticas, o casal pode optar por prosseguir a investigação para confirmar ou excluir com exames invasivos.
  2. Avaliação da anatomia fetal normal e diagnóstico ou rastreamento de malformações.
  3. Rastreamento para complicações relacionadas à insuficiência placentária como a pré-eclâmpsia (PE) e restrição de crescimento intrauterino (RCIU), através do estudo Doppler das artérias uterinas. A identificação precoce de pacientes com risco para PE e RCIU, através de fatores de riscos ou testes preditores, pode auxiliar na instituição de medidas preventivas. Entre elas, está o uso da aspirina em baixa dose, com fim de evitar ou retardar a apresentação da doença ou ainda reduzir sua gravidade. O uso da aspirina deve ser iniciado logo após o término do 1º trimestre, ao redor de 12 semanas e idealmente abaixo de 16 semanas, pois acima dessa idade gestacional parece já não haver um benefício significativo.
  4. Avaliação da idade gestacional, número de fetos e placentação.

O que é o Cálculo de Risco feito neste exame?

Toda gestante corre o risco de que seu bebê tenha uma alteração cromossômica. O risco basal para aneuploidias depende da idade materna e da idade gestacional. 

Calcula-se o risco específico para certa paciente (risco corrigido) multiplicando o risco basal por uma série de fatores de correção, ou riscos relativos, que dependem dos resultados dos marcadores ultrassonográficos no momento do exame: medida da translucência nucal, osso nasal, no Doppler da tricúspide, no Doppler do ducto venoso e frequência cardíaca fetal. 

O risco para pré-eclâmpsia e restrição de crescimento fetal é baseado em características demográficas materna, história obstétrica e médica, Doppler das artérias uterinas e pressão arterial média. As medianas dos marcadores biofísicos são corrigidas de acordo com vários parâmetros maternos, tais como o grupo étnico, peso, altura, tabagismo, método de concepção e paridade.

O cálculo do risco é efetuado por um Software da Fetal Medicine Foundation (FMF-2018 versão 4.4) e é baseado em estudos extensivos coordenados pela FMF. O risco só é válido se a ultrassonografia for efetuada por um médico credenciado por esta instituição e este se submeter regularmente ao programa de controle de qualidade desta fundação.

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